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Cão ou sem casa?

“Eram uma vez 4 jovens, de uma cidade pequena, que se juntaram com vontade de fazer o bem, sem o receber. Joana Lamoso, Ana Tavares, Joana Rodrigues e Catarina Adão, criaram, em 2015 o projeto “Cão ou sem Casa?”,e , hoje é ainda o dia em que temos dificuldade em começar a contar a história sem nos emocionarmos. Talvez pelo fim, seja o melhor principio. 

Ajudamos a salvar centenas de animais todos os anos, resgatados das ruas por protetores particulares que o fazem por conta e risco. Nós próprias, individualmente, o fomos e às vezes somos. Juntamo-nos, talvez por sermos demasiado conscientes desta realidade tão triste e facilmente descartável e criamos este projeto que promove adoções responsáveis e de forma consciente, através de fotografias apelativas.

“Faz uma boa foto salvar um lar”, escrevia o Jornal de Notícias a 21 de Julho de 2018 à cerca do nosso projeto. Em 2017 promovemos 42 adoções responsáveis e em 2018 cerca de 50.

https://www.jn.pt/local/noticias/aveiro/santa-maria-da-feira/interior/faz-uma-boa-foto-valer-um-lar-9620583.html

A 13 de Fevereiro de 2019, depois de uma angariação de fundos, conseguimos reunir o dinheiro suficiente para nos tornarmos oficialmente uma Associação sem fundos lucrativos, “Associação Cão ou sem Casa?”. Foi o auge de tanto auto investimento, tantas lágrimas, não pelo dinheiro investido, mas por todas as histórias que nos chegam ao colo, todos os dias.

Sonhamos que um dia esta Associação termine. Significava que haviam sido criadas leis que regulam o abandono animal e culpabilizam os donos negligentes e os criadores sem licença.

Trabalhamos sem grande apoio autárquico (mesmo que, este problema dos animais errantes jogados nas ruas, seja um problema das autarquias) e, o que fazemos, é entre os horários de trabalho de cada uma. Atuamos através da divulgação dos apelos de protetores particulares ou através de associações que nos peçam ajuda, nas redes sociais da Associação. Em cada publicação contamos a história do animal e adicionamos informações relevantes e também o contato do protetor que o acolhe temporariamente, o chamado 'FAT' (Família de Acolhimento Temporário'). 

Publicando um álbum, dependemos do amor dos que nos seguem para partilhar o máximo possível, é dessa forma que atingimos potenciais adotantes e damos uma segunda, terceira, ou quarta oportunidade aos nossos patudos. Havendo o desejo de adoção responsável, a mesma é feita diretamente com o adotante, a Associação apenas fotografa, divulga e faz a ponte entre histórias com finais felizes.

“Costumamos sentir a necessidade de os contabilizar, no final de cada ano, para começar o ano seguinte com a consciência de que, se quatro pessoas o fazem sozinhas, podem vir a ser atingidos números maiores. O importante é ter a capacidade de ver para além do animal irracional. É uma vida, quer salvemos um ou 50.” - Partilhávamos com o Notícias em Minuto em Agosto de 2018.

https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1070426/o-importante-e-ver-para-alem-do-irracional-e-uma-vida-que-se-salva

Passaram e passam por nós casos de animais que por consequência de atropelamento estavam cegos e milagrosamente voltaram a ver! Ou cadelas parideiras que são expostas a condições miseráveis para produzirem, sem critério, e que hoje, apesar de todo o trauma, ainda sabem amar.

Porque no final, falamos sempre de amor… Acreditarmos que a piada da vida está em vivê-la com a graça dos animais para que no final das ‘cãontas’ a pergunta seja sempre respondida positivamente: ‘Cão ou Sem Casa?’.”

Graças à ajuda dos nossos sócios, em 2020, a Associação Cão ou sem Casa ajudou a salvar mais de 50 animais.

Foi também graças aos vossos donativos, que ajudamos a sensibilizar para diferentes questões à cerca da causa animal através de visitas a escolas, eventos, deslocações, mantimentos, despesas veterinárias, entre outras atividades. Infelizmente, a nossa luta continua diariamente, e, agora mais do que nunca, estamos a viver uma altura de incerteza, em que as ajudas se tornam poucas para os pedidos de auxilio com ração e outros mantimentos.

Em 2017 promovemos 42 adoções responsáveis, em 2018, 2019 e 2020 cerca de 50. Os números refletem o número de vidas que são salvas, refletem também a necessidade de ajudar todas as protetoras que resgataram e continuam a resgatar animais e refletem, claro, também o nosso amor e dedicação.”